Para tratar o melasma, caracterizado por manchas escuras na pele, podem ser usados cremes clareadores, como hidroquinona, cisteamina, o mais novo agente clareador aprovado pelo FDA, tretinoína, ou tratamentos estéticos, como microagulhamento e peelings químicos , todos guiados por um dermatologista.
O melasma é mais comum em regiões expostas ao sol como o rosto, por isso é muito importante usar filtro solar para que a depuração seja satisfatória e para que não surjam novas lesões. Além disso, o melasma pode ter várias causas, como alterações hormonais da gravidez, uso de contracetivos, uso de alguns medicamentos ou envelhecimento, por exemplo.
Melasma é uma mancha crônica e recidiva ao menor contato com a luz, sendo uma das doenças dermatológicas mais persistentes e dificeis de tratar. Quem tem melasma sabe bem disso. O melhor tratamento varia de acordo com o tipo, o local do corpo afetado e a profundidade do local, que pode ser superficial ou epidérmica, profunda ou dérmica e mista, portanto, é importante conversar com o dermatologista decidir qual é o tratamento ideal:
1. Cremes clareadores
Os cremes que clareiam as manchas são eficazes, porém cada paciente responde de forma diferente. Alguns tem um clareamento quase 100% da mancha , outros melhoram pouco. Apesar de fazerem parte de um tratamento de longo prazo, têm resultados duradouros.
• Hidroquinona, contém uma substância ativa clareadora e deve ser usada 1 a 2 vezes por dia, mas por tempo limitado, devido a seus efeitos irritantes na pele, como descamação e coceira;
• Retinóides, como tretinoína e seus derivados usados na forma de creme ou gel, são úteis para reduzir o escurecimento da pele;
• Corticosteróide tópico, em pomadas, pode ser usado por um curto período de tempo para diminuir a inflamação da pele que pode causar manchas;
• Ácido azeláico, também tem efeito no controle da quantidade de melanina e no escurecimento da pele, podendo ser usado em grávidas.
• Outros ácidos, como ácido kójico, ácido glicólico, alfa arbutin, estão presentes em tratamentos cosméticos e são mais eficazes quando associados a outros ácidos para auxiliar no clareamento e renovação da pele.
O tempo de tratamento varia de acordo com o produto utilizado e com a profundidade da pele afetada, e os resultados podem começar a ser vistos após 4 semanas de tratamento, que podem durar até 6 meses.
2. Tratamentos estéticos
Esses tipos de tratamento devem ser realizados pelo dermatologista e orientados, pois promovem a remoção da camada superficial da pele e proporcionam resultados mais rápidos:
• O peeling químico é feito com ácidos em concentrações mais fortes do que aquelas usadas em cremes, para remover uma camada da pele. Deeve ser leve para melasma superficial
• Microagulhamento é uma técnica que usa microagulhas para estimular a produção de colágeno e circulação sanguínea na pele, o que pode ser útil para reduzir algumas manchas na pele, além de reduzir rugas e flacidez da face. Na clínica a dermatologista Mariana Fernandes, utiliza um novo tipo de microagulhamento médico que é menos doloroso e mais eficaz que o roller. Antes o paciente deve passar pelo exame clinico de pintas e sinais na face, pois se houver algum câncer de pele esteve deve ser tratado antes.
Geralmente são necessárias várias sessões para obter o resultado desejado, que varia de acordo com a intensidade e profundidade do melasma. A associação dos procedimentos acima ao tratamento em casa com cremes tem resultado mais efetivo.
3. Suplementos
O uso de alguns suplementos pode ser útil durante o tratamento do melasma, substituindo algumas deficiências de vitaminas e minerais importantes para a saúde da pele que podem ser necessárias na dieta.
Algumas opções são o ácido tranexâmico, que inibe substâncias que causam escurecimento da pele, além de antioxidantes, como vitamina C, luteína, colágeno, carotenóides, flavonóides, selênio e minerais, que ajudam na recuperação da pele e evitam rugas e flacidez.
4. Protetor solar
O filtro solar é o tratamento mais importante para o melasma, pois nenhum outro será eficaz sem proteger a pele dos raios solares. O filtro solar deve ser usado com o fator mínimo de 50 FPS e de preferência com cor, todos os dias, mesmo que o dia esteja nublado ou se a pessoa permanecer em ambientes fechados.
Também é importante evitar a exposição ao sol durante o tratamento das manchas e, se estiver em ambientes ensolarados, é importante reaplicar protetor solar a cada 2 horas.
O que produz essas manchas na pele?
As principais causas incluem:
A exposição ao sol, geralmente desprotegida, é, portanto, mais comum em climas tropicais.
Alterações hormonais, como flutuação nos níveis de hormônios femininos, estrogênio e progesterona. É por isso que é tão frequente durante a gravidez. Quando aparece durante a gravidez, é chamado de cloasma.
Também ocorre em algumas mulheres que tomam pílulas anticoncepcionais ou naquelas que recebem terapia de reposição hormonal durante a menopausa.
Também é causada pelo uso de produtos que irritam a pele e / ou estimulam a produção de melanina (é o pigmento que dá cor à pele e é responsável pelo bronzeamento).
Pessoas com predisposição genética ou histórico familiar de melasma têm maior risco de sofrer desta condição.
Quando aparece, adota um destes padrões:
Centrofacial: no centro da face. É o mais comum e inclui a testa, bochechas, lábios superiores, nariz e queixo.
Malar: a parte mais saliente (proeminente) das bochechas
Mandibular: no contorno do osso da mandíbula
Existem também quatro tipos de pigmentação associados ao melasma:
Epidérmica: caracterizada por excesso de melanina nas camadas superficiais da pele (ou epiderme).
Dérmica: este tipo é reconhecido pela presença de melanófagos (células que se alimentam de melanina) na derme, que é a camada de pele que fica abaixo das camadas superficiais.
Misto: que inclui uma mistura dos dois anteriores.
Como tratar o melasma na gravidez
Para tratar o melasma durante a gravidez, também conhecido como cloasma, você deve usar protetor solar diariamente. De preferência, os produtos devem ser hipoalergênicos e sem óleo, para que não deixem a pele oleosa e, assim, evitem o aparecimento de espinhas, também comuns na gravidez.
O uso de cremes clareadores ou tratamentos estéticos com produtos químicos, ácidos ou lasers são contra-indicados na gravidez. Em casos muito necessários, o ácido azeláico não apresenta risco nesse período, mas preferencialmente, qualquer tratamento deve ser adiado até o final da gravidez e lactação.
Além disso, devido às alterações hormonais da gravidez, o tratamento de manchas na pele fica difícil e também é muito provável que as manchas na pele melhorem naturalmente no final da gravidez.